Começa breve, vem curto e para calmo.
Começa lânguido, começa assim, não para nunca a aflição e a
angustia.
Começa rápido, começa turvo, começa lento, sem espaços pra
desgostos,
Só saudade.
Envereda por mim, por ti, costurando.
Envereda como uma mão aberta passando em água de rio corrente.
Envereda em tudo que é nosso, e não mais seu e meu, sem
motivos de renuncia,
Só cumplicidade.
Continua assim, leve e fraco.
Continua por que sim, continua por querer um abraço de
vez-em-quandinho.
Continua com sorvete de amora, com doce e azedume temperando
aquele dia que nada expõe,
Só caridade.
E termina carmim, murcho e seco.
Termina romance, termina drama, termina furacão.
Termina como você quiser, terminais conexos, com leveza
áspera, navegando nas almas incautas que nada possuem,
Só tempestade.