sábado, março 30, 2013

Quarta parada.


Começa breve, vem curto e para calmo.
Começa lânguido, começa assim, não para nunca a aflição e a angustia.
Começa rápido, começa turvo, começa lento, sem espaços pra desgostos,
Só saudade.

Envereda por mim, por ti, costurando.
Envereda como uma mão aberta passando em água de rio corrente.
Envereda em tudo que é nosso, e não mais seu e meu, sem motivos de renuncia,
Só cumplicidade.

Continua assim, leve e fraco.
Continua por que sim, continua por querer um abraço de vez-em-quandinho.
Continua com sorvete de amora, com doce e azedume temperando aquele dia que nada expõe,
Só caridade.

E termina carmim, murcho e seco.
Termina romance, termina drama, termina furacão.
Termina como você quiser, terminais conexos, com leveza áspera, navegando nas almas incautas que nada possuem,
Só tempestade.
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